Talvez, o mais conhecido dos quadros de distúrbios envolvem aspectos ligados à visão, audição, defeito ou disfunção em qualquer parte do corpo, anemias crônicas, verminoses, epilepsia.
1. DISTÚRBIOS DA VISÃO - Como identificar:
pelo modo de agir da criança – esfregar os olhos, sensibilidade à luz, piscar excessivamente, apertar os olhos…
pela queixa da criança – não enxerga bem, visão embaralhada, tonturas, dores de cabeça, náuseas…
pela observação – olhos inflamados, vermelhos, lacrimejantes, estrabismo, terçóis…
durante a leitura e a escrita – segura o livro muito perto, perde o lugar da página, pára depois de certos períodos de leitura…
Alguns distúrbios mais comuns: miopia, hipermetropia, astigmatismo, estrabismo, daltonismo.
2. DISTÚRBIOS DA AUDIÇÃO – Como identificar: defeitos de linguagem; expressão oral pobre; pedidos para que repitam palavras e instruções; uso excessivo de “o que?”, “como?”; andar arrastando os pés; ausência de reações a sons pouco intensos, for a de seu campo visual; dores ou supuração de ouvidos; ditados com muitos erros; irritabilidade…
Além da surdez congênita ou adquirida, os deficientes auditivos ou hipoacústicos são indivíduos cuja audição, apesar de deficiente, é funcional, podendo a criança ter as mesmas condições intelectuais e psicomotoras de uma criança normal.
3. DISRITMIA CEREBRAL – “Disritmia Cerebral significa apenas uma alteração do rítmo elétrico cerebral , alteração essa que pode ocorrer em intervalos de horas, dias ou meses” (CAMPOS. Apud JOSÉ & COELHO, 2002, p. 157). Podem ser produzidas por traumas de parto, falta de oxigênio ao nascer, infecção no sistema nervoso, menigites, encefalites, quedas sem causas aparentes…
4. EPILEPSIA – É um dos mais sérios problemas em sala de aula, requerendo do professor conhecimento e habilidade para atuar, procurando esclarecer-se sobre as características do quadro e as formas corretas de atendimento.
5. DISFUNÇÃO CEREBRAL MÍNIMA – Este tem sido um dos distúrbios mais difundidos e analisados no campo neurológico, desde que, em 1925, Samuel T. Orton, neurologista, reuniu, para estudo, um grupo de 65 crianças nas quais se destacavam dificuldade de leitura, escrita, soletração, escrita em espelho, troca da seqüência das letras das palavras, inquietude, falta de fixação da atenção, desajeitamento e dificuldades no aprendizado escolar. De início qualificadas como portadoras de uma “lesão cerebral mínima”, que nunca foi evidenciada em exames neurológicos, passá-se a condiderar “disfunção” em lugar de “lesão”. Até hoje, essa disfunção ainda não foi suficientemente aclarada e tem havido uma certa tendência em fazê-la coincidir com os Transtornos de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
6. TRANSTORNO DE DEFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE - (TDAH) – Conforme descrito acima, essas crianças apresentam sintomas que podem ser observados a partir dos 7 anos de idade e que podem ser agrupados em três núcleos: desatenção ( falha freqüênte na atenção a detalhes, dificuldade de focar a atenção em tarefas ou atividades lúdicas, parece não escutar quando lhe falam diretamente, não consegue seguir instruções risca ou terminar tarefas escolares , tem dificuldade de organização, evita atividades que solicitem esforço mental contínuo, distrai-se com estímulos externos, esquece-se das atividades diárias…); hiperatividade ( é inquieto, fica com os pés e as mãos mexendo constantemente quando sentado, levanta-se constantemente de seu lugar na sala, corre ao redor, sobe nas coisas em momentos impróprios, tem dificuldade em sentar e brincar com atividades mais quietas, está “pronto para decolar”, ou age como se estivesse “ligado a um motor”, fala excessivamente…); impulsividade ( responde de forma intempestiva, antes do t´ermini da pergunta, tem dificuldade para aguardar sua vez, intromete-se ou interrompe os outros em jogos ou conversas…). Segundo Araújo (2004, p. 28) “apesar de a Medicina não contar com dados conclusivos sobre formas de tratamento, o TDA (ou TDAH, quando associado à hiperatividade) é considerado um distúrbio psiquiátrico, portanto, uma doença”. Na escola, os indícios de que a criança possui esse distúrbio precisa ser analisados por uns seis meses antes de encaminhamento médico que, em geral, é multidisciplinar, com utilização, muitas vezes, de medicação.
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